Fourvière, promessa e doação

Para a Família Marista, o dia 23 de julho de 1816 certamente foi um momento que marcou a nossa história, momento esse que doze jovens sobem a colina para firmar a conhecida “promessa de Fourvière”, compromisso esse unicamente para a glória de Deus e para a honra de Maria, Mãe de nosso Senhor Jesus Cristo. “Prometemos solenemente nos doar, nós e tudo que temos, para salvarmos as almas por todos os meios, sob o nome augustíssimo de Virgem Maria e sob seus auspícios. Respeitamos, entretanto, em tudo, o parecer dos superiores”. (Herdeiros da promessa, 2015)

Nessa data que comemoramos 205 anos da promessa, que deu início a família marista, compromisso de doze jovens, padres e seminaristas, provenientes do seminário Santo Irineu, da Diocese de Lyon, que reuniram no Santuário de Fourvière para consagrar aquele projeto a virgem Maria, que mesmo distantes uns dos outros, jamais deixaria a missão de fundar o que seria os futuros ramos da congregação de Maria. O nosso venerável João Claudio Colin, fundador do ramo dos padres e irmãos Maristas, que havia sido ordenado um dia antes da promessa, junto com São Marcelino Champagnat, fundador dos irmãos Maristas, Jean-Claude Courveille, que havia recebido a graça da aparição da Virgem, que pedia uma congregação que levasse o seu nome, Étienne Terraillon, Étienne Déclas, unidos com mais 7 integrantes, que estavam reunidos naquele dia na colina de Fourvière e que corriam riscos de serem separados para as mais diferentes paróquias da diocese firmaram então este propósito.

Todos os pioneiros do projeto marista tinham a convicção de que não estavam realizando os seus próprios sonhos e desejos, mas a vontade daquela que os elegeu de maneira gratuita, deu-lhes o seu doce nome e uma missão que era edificar a obra de Maria no mundo. Após mais de dois séculos dessa promessa, essa família continua com o projeto de levar o nome de Maria aos confins de toda a terra das mais diferenciadas formas e missões.

Ao comemorarmos essa data tão importante, sabemos que o que precisamos, assim como eles, é deixar-nos configurar por e como Maria. Necessitamos ir aos outros amando-os, do jeito de Maria, nosso compromisso de mais de dois séculos que perdura até hoje. Que a exemplo desses pioneiros, possamos ter a mesma coragem e perseverança que eles tiveram à Maria, e que cada dia possamos renovar essa promessa em nossos corações.

Que a nossa Boa Mãe Maria, nos abençoe e nos conduza por terras que necessitam de conhecer o seu nome e o nome do Vosso filho, Jesus Cristo. Amém!

 

Postulante marista, Renan Valência

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