São Pedro Chanel

“Não tenhamos medo de ser santos” – Papa Francisco

 

«ALEGRAI-VOS E EXULTAI» (Mt 5, 12), diz Jesus a quantos são perseguidos ou humilhados por causa d’Ele. O Senhor pede tudo e, em troca, oferece a vida verdadeira, a felicidade para a qual fomos criados. Quer-nos santos e espera que não nos resignemos com uma vida medíocre, superficial e indecisa. Com efeito, a chamada à santidade está patente, de várias maneiras, desde as primeiras páginas da Bíblia; a Abraão, o Senhor propô-la nestes termos: «anda na minha presença e sê perfeito» (Gn 17, 1). Estas são as primeiras palavras da exortação apostólica Gaudete et exsultate, do Papa Francisco, sobre o chamado à santidade no mundo atual. Leiamos com atenção filial os conselhos do nosso pontífice para bem atendermos o chamado do Senhor, «sede santos» (Mt 5, 48).

http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/apost_exhortations/documents/papa-francesco_esortazione-ap_20180319_gaudete-et-exsultate.html

 

Historia da Sociedade de Maria no Brasil

A Sociedade de Maria – Padres Maristas – chegou ao Brasil em dezembro de 1981, por meio de uma iniciativa tomada pelo Conselho Geral da Congregação, em Wellington no ano de 1980. O trabalho inicial em terras brasileiras tinha um caráter de implantação, deste modo, os primeiros missionários teriam como prioridade a afirmação das primeiras raízes dos Padres Maristas aqui no Brasil. Por isso, além de se dedicarem ao trabalho missionário, os padres deveriam também promover e animar vocações locais oferecendo aos jovens brasileiros também uma formação para a vida e para o trabalho na Sociedade de Maria.

Além da formação, foram assumidas, neste período, as seguintes obras: em 1985, a Paróquia Nossa Senhora do Bom Conselho, na periferia de São Paulo;  em 1986, a Pastoral Universitária, na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) bem como a Paróquia Universitária Jesus Mestre; em 1987, a missão no sertão da Bahia, por meio do trabalho com paróquias; e, em 1994, uma experiência de formação e trabalho com comunidades de base, na periferia de Belo Horizonte, MG.

À luz dessas prioridades, foram escolhidos missionários de vários países fazendo com que a fundação brasileira fosse uma imagem fiel da internacionalidade da congregação. Os pioneiros dessa missão foram: Pe. Miguel (Nova Zelândia), Pe. Jorge (Itália), Pe. Bertrand (Canadá) e Pe. Eugênio (Alemanha).  Que tiveram o apoio dos irmãos Maristas que acolheram e auxiliaram os primeiros padres, de modo especial, os irmãos da Antiga Província de São Paulo. No decorrer dos meses foram chegando ao mesmo tempo missionários para fazer parte do mais novo “Distrito Missionário” dos Padres Maristas e até o ano de 2011 passaram por esta missão missionários, vindos de Alemanha, África, Canadá, Nova Zelândia, Austrália, México, Peru, Estados Unidos, entre outros.

Casa di Maria – Comunidade Internacional Marista

Desde junho de 2012 a Sociedade de Maria estabeleceu seu Teologado Internacional em Roma, chamado “Casa de Maria”. Desde então, estudantes maristas advindos de todos os continentes têm tido uma sólida formação teológica em Roma, preferencialmente na Pontifícia Universidade Gregoriana e também na Pontifícia Universidade Santo Tomás de Aquino (Angelicum). Mas o estudo acadêmico é somente uma parte da formação no Teologado Internacional. O jovem marista tem uma formação completa: acadêmica, espiritual, humana, comunitária, missionária e marista. A Casa de Maria é um espaço acolhedor, multicultural e por isso mesmo aberto ao mundo. A interculturalidade vivida no dia a dia ajuda os jovens maristas a ver o mundo como a grande casa, a nossa “Casa Comum”, onde Maria é a mãe de todos e acolhe a todos com carinho e ternura. A “comunhão para a missão” também é um ponto forte da formação. Os jovens maristas tem a oportunidade de aprender línguas e culturas, fazer experiências em campos de inserção social periférica, atuando na diocese de Roma em setores de pastorais sociais: encarcerados, portadores de HIV, refugiados, imigrantes etc. Além do mais, a pastoral paroquial e marista são importantes também nesse processo. Testemunhar Jesus Cristo e seu projeto do Reino de Deus aos irmãos que andam nas trevas do pecado, ou na marginalidade social, excludente e constrangedora. Nossa internacionalidade e missionariedade quer testemunhar para o mundo que é possível e necessário criarmos uma cultura da fraternidade universal.

Boletim completo em:   http://maristyouthinternational.org/documents/Theologate%20Newsletter%20Feb%202018.pdf

Cinco novos Maristas

 

Numa cerimônia em Davao, Mindanao, sul das Filipinas no dia 18 de janeiro, cinco jovens fizeram suas profissões na Sociedade de Maria. O evento foi testemunhado por membros do Distrito dos Padres Maristas da Asia e amigos; e conduzido pelo Pe. Pat Devlin SM na capela do Noviciado Marista Internacional.

Parabéns ao Carlos Olivares SM (México), Timothy Hare SM (Ilhas Salomão), Josefo Amuri SM (Fiji), Jaime Perez SM (México) e Christian Ngoura SM (Camerões). E ao mestre de noviços, Pe. Fernando Ingente, auxiliado por Pe. Denis Revi e Ir John Votaia.         Foto: Pe. Arnold Garferio SM       [18/ Jan]

Papa Francisco

“Devemos lembrar sempre a dignidade e os direitos dos trabalhadores”_Papa Francisco

Bicentenário

Em Fourvière, colina situada sobre as bases da antiga cidade pagã de Lyon, na França, foi erguido no século XII um santuário dedicado a Maria. Ali, em julho de 1816, doze jovens levam suas intenções e propósitos a Nossa Senhora. E a Mãe de Fourvière acolhe e acompanha o projeto daquele grupo. “Assim como foi o apoio da Igreja nascente, assim sê-lo-á nos últimos tempos. Estas palavras presidiram o começo da Sociedade” (OM 582). E lhes serviram de fundamento e alento (OM 674).

“Consagrar-se equivale a se entregar. Consagrar-se a Jesus por meio de Maria significa atualizar o compromisso de nosso batismo, para acolher a aurora dos novos tempos. Fourvière inspira o novo início da Fundação Marista e convida a assumir a vida como consagração que remete às origens para sair rumo às novas terras da missão”¹. “Maria vai servir-se de nós, seus filhos; sejamos dignos; servindo-se de nós, Ela lutará contra o demônio e o mundo; e, através de nós, Ela vencerá” (Colin ES 160, 6s). Hoje Maria está com o coração aberto para acolher outros Maristas em missão.

Após a tomada de decisão dos primeiros maristas, não há garantia de êxito. Trata-se de iniciar. É preciso ir onde Deus se encontra. “Desde o início mostram-nos um caminho aberto ao que Deus quiser, mas sem saber o que virá, sem outra garantira além da fidelidade pessoal e coletiva. E uma confiança sem limites”. Não sabem sequer o que vão prometer; desconhecem o que vão se tornar. Prometem o que não podem. Estão longe de um projeto profissional. É antes uma aposta no desconhecido… e convidam-nos a dar o mesmo passo, igualmente no escuro.

“Os termos da promessa se apoiam na sólida base do grupo: um grupo que fala uníssono, onde cada um encontra a fonte e a confiança em sua palavra pessoal. Sabemos que a comunhão, o estar juntos, é importante para cumprimento da promessa. Os primeiros Maristas descobriram, aprofundaram, inventaram, formularam uma maneira de viver e de se comprometer”². Uniram-se através de sua atitude e de sua promessa. E convenciam a mais de um a se unir a eles. Cabe a nós continuar a viajem. Medimos a importância da confiança mútua, em nossas comunidades, para permanecermos juntos, para avançarmos na vida marista, para realizarmos nossa missão, para inventarmos, hoje, modalidades que nos animem na fé.

“O esforço de identificação com Maria se inscreve na vida cotidiana, na comunidade, nos compromissos pastorais e profissionais de cada um”³. Devemos “abraçar plenamente nossa identidade Marista” (Pe. John Hannan, sm).

¹²³ Herdeiros da Promessa(J. Taylor; A. Estaún; F. Drouilly)

Época de Maria(Jan Snsjders, sm)